Os Novos Consumidores Seniores foi tema do debate que realizamos no dia 13 de dezembro no Museu do Oriente em Lisboa, em que se discutiu os desafios e as oportunidades que se colocam na procura de respostas adequadas aos interesses e necessidades destes consumidores.
Neste interessante fórum de discussão, foram dados a conhecer os dados recolhidos nas sessões informativas que a DECO desenvolveu junto dos seniores com a colaboração de Ana Sepúlveda, Managing Partner do 40+Lab, sobre o consumidor sénior.
Deste estudo concluímos que, em termos de escolaridade, 36,5% da população sénior inquirida tem a instrução primária. Um outro dado curioso, tem a ver com o rendimento mensal em que 20% dos inquiridos diz auferir entre ou mil e os dois mil euros. Outros dois dados relevantes, que ajudam a traçar o perfil destes seniores e perceber algumas das dificuldades que sentem no seu dia-a-dia, diz respeito aos seus comportamentos de compra e aos indicadores de literacia. Dos seniores inquiridos, 59,4% assume que faz compras indesejadas, comprando algo que não queria, e 65,8% diz ter dificuldades na compreensão da linguagem financeira.
Com a participação de diferentes stakeholders em representação das empresas de marketing, de distribuição, do comércio e serviços, da defesa do consumidor, da ação social e das forças de segurança, tivemos ainda a oportunidade de partilhar com a plateia, como pensam as questões do envelhecimento, como olham para os seniores e quais as suas estratégias e preocupações com estes consumidores.
Para as associações empresariais presentes neste debate, os consumidores seniores são vistos como uma oportunidade de negócio com enorme potencial de crescimento pois representam 50% do poder de compra, têm boa capacidade financeira e disponibilidade de tempo que levará ao desenvolvimento de novos produtos e serviços no mercado.
Os interlocutores da ação social, da DECO e das forças de segurança, fizeram um retrato diferente da população sénior identificando-os como um segmento da população especialmente exposta a situações de vulnerabilidade social e económica. Foram perentórios em afirmar que, embora este grupo não seja homogéneo, um milhão e cinquenta mil seniores vive com rendimentos abaixo dos quinhentos euros mensais o que lhes traz dificuldades para viver com dignidade. Para além disso, foi também referido que possuem baixos níveis de literacia, nomeadamente financeira e digital, que se traduz em dificuldades no acesso e na interpretação da informação que afeta a tomada de decisões adequadas e os expõe mais facilmente a práticas comerciais abusivas.
Em jeito de fecho deste debate, ficaram desafios e propostas para o futuro de um trabalho colaborativo em prol dos consumidores seniores.
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Conheça também as principais conclusões do Debate.




